terça-feira, 27 de julho de 2010

Um dia como outro qualquer

Nem acreditei quando olhei no fundo do ônibus e vi uma poltrona vaga, apressei-me a sentar e reparei que ao meu lado havia uma morena escultural. Ela deve ter se sentido constrangida por eu a ter notado com entusiasmo, porque não demorou muito, ela levantou com um ar esnobe e sentou na poltrona do outro lado do corredor, onde um casal tinha acabado de sair deixando duas poltronas livres. Pensei profundamente se realmente teria havido necessidade dela ter agido dessa forma, mas eis que então, veio um bêbado e sentou-se ao lado dela, e para minha satisfação, além dele alugar o ouvido da moça, deu uma bela vomitada em cima dela. Porra! Foi a glória – pensei, bem feito pra aquela metida do caralho!
Após o incidente, relaxei e perdi-me em pensamentos durante a viagem de tal forma que quase perdi meu ponto. Era um dia de trabalho como outro qualquer, desci do ônibus, e antes de atravessar a rua, ajudei uma senhora com um fardo pesado, após, dei esmola a um pedinte e me aproximei da porta giratória do banco. Aquela merda sempre disparava na minha vez, então eu enfiava a mão no bolso e mostrava um pesado molho de chaves ao guarda que vinha correndo atender quando o cliente era bem vestido. Depois de alguns pedidos de desculpa, ajeitei a gravata e anunciei o assalto...

Autor: Júlio Cesar

terça-feira, 29 de junho de 2010